domingo, 23 de março de 2014

Peterson Reinan fala sobre sua formação musical ao Arte do 7 Cordas

O lirismo da banda Legião Urbana entusiasmou muitos jovens a se debruçarem sobre um violão. Não foi diferente com Peterson Reinan, entrevistado do projeto Trocando Ideia. Nascido em Osasco, o violonista expandiu seus interesses musicais para outros horizontes depois de conseguir tocar as canções de Renato Russo e sua turma.

Após um ano e meio estudando de forma autodidata, o músico passou a ter aulas com Robson Miguel, com quem se aprimorou por cerca de dois anos.

Entre as principais dificuldades encontradas pelo músico, a precariedade em segmentar um público específico para o violão erudito: "Encontramos públicos restritos, no que diz respeito ao violão clássico por aqui. Porém para ser violonista, ao meu ver, é necessário se calçar de várias formas, ou seja, se aprimorar sempre, ter aulas regulares, fazer um curso superior, de repente fazer um curso lá fora", pondera.



Confira a entrevista na íntegra: 

Onde Nasceu ?

Nasci na cidade de Osasco, porém grande parte da minha vida na cidade de Cotia
e atualmente vivo na cidade de Jandira
Quando percebeu que se identificava com o violão? Como iniciou esse contato?

Comecei a tocar violão popular aos 14 anos por influência do Legião Urbana, queria tocar todas suas as músicas.
Porém com um pouco mais de 5 meses que eu tocava, assisti ao violonista Robson Miguel na tv, e a partir desse momento voltei meu foco ao estudo do violão clássico, pois antes de eu assistí-lo não sabia da capacidade do violão em reproduzir melodias.
Com quem estudou ou estuda Violão ?
Depois de um ano e meio estudando como autodidata, conheci ao Robson Miguel pessoalmente e me chamou para ser seu aluno. Mais tarde, depois de estudar com ele durante 2 anos, queria me aprimorar ainda mais, foi daí que conheci o tão renomado professor Henrique Pinto. Primeiramente estudava na sua casa, com aulas particulares, porém ele mesmo me aconselhou fazer um curso superior. Estudei na Faculdade de Artes Alcântara Machado, ainda com ele durante 2 anos, porém infelizmente ele
veio a falecer. Tenho muita saudade desse grande mestre, pois ele transcendia a palavra professor, era um mestre de fato, aquele que consegue te inspirar sempre. Continuei meus estudos com Sidney Molina, do Quaternaglia, no qual nutro um carinho enorme por me acompanhar sempre.
Como é ser violonista no Brasil?

Ser violonista no Brasil, hoje, não é uma tarefa fácil. O gosto do público em geral mudou drasticamente de uns anos para cá. Encontramos públicos restritos, no que diz respeito ao violão clássico por aqui. Porém para ser violonista, ao meu ver, é necessário se calçar de várias formas, ou seja, se aprimorar sempre, ter aulas regulares, fazer um curso superior, de repente fazer um curso lá fora, etc.   
Qual estilo musical aprecia ?

Posso dizer que sou bastante eclético, gosto desde o clássico à música popular e jazz, além de tocar um pouco de cada um destes ritmos. 
7 Cordas Clássico ou Popular ??

No choro o 7 cordas não tem pra ninguém, o acréscimo da sétima corda dá um peso
muito importante e cria uma base sonora muito sólida para as baixarias.
Um compositor de samba e um choro preferido ?

Jacob do Bandolim com Migalhas de amor

Como conhecedor do Violão, o que recomendaria a um jovem Violonista ouvir ou tocar nesta área?

É preciso ouvir de tudo um pouco, desde Mozart à Pixinguinha, todo tipo de audição enriquece muito nossos ouvidos e nos dar margem para entender melhor tudo o que se toca.







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